Padrão de Qualidade na Alimentação Escolar de Vitória
O dia 16 de outubro é marcado em todo o mundo como o Dia Mundial da Alimentação, data que tem por objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos alimentos, e também sensibilizar a população sobre a segurança alimentar e nutricional. Em Vitória, o acesso à alimentação escolar de boa qualidade é levado a sério como direito constitucional e está entre as prioridades do município. Os alimentos ofertados nas 103 unidades de ensino da capital compõem cardápios balanceados e superam a média de necessidades nutricionais recomendada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Frituras, embutidos, refrigerantes, gorduras ou balas não fazem parte dos cardápios e há opções específicas para as crianças que apresentam restrições alimentares, como diabetes, intolerância à lactose e ao glúten. Em datas comemorativas, como no Dia das Crianças e o Dia do Estudante, preparações diferenciadas integram os cardápios.
“A alimentação escolar não é apenas uma questão de bem-estar físico, mas também de igualdade de oportunidades. Queremos garantir que todas as crianças, independentemente de sua origem socioeconômica, tenham acesso a refeições nutritivas que contribuam para seu sucesso acadêmico e qualidade de vida. Uma criança bem alimentada é uma criança com mais disposição para aprender e prosperar. Neste Dia Mundial da Alimentação, aproveitamos a oportunidade para reforçar nosso compromisso com a educação de qualidade e o bem-estar de nossos estudantes. Vamos continuar trabalhando incansavelmente para melhorar ainda mais a qualidade e o alcance de nossa alimentação escolar, garantindo que as crianças de Vitória tenham a base necessária para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de forma efetiva”, disse a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner.
Para cuidar da alimentação das crianças e estudantes de todas as unidades de ensino da rede municipal de Vitória, com tantas variedades e alimentação atrativa e balanceada, a Secretaria de Educação de Vitória (Seme) conta com uma equipe composta por 11 nutricionistas, uma nutricionista responsável técnica do programa e uma coordenadora de alimentação e nutrição escolar. São esses profissionais que elaboram os cardápios, testam receitas, verificam quantidades, orientam as compras e a preparação dos gêneros alimentícios, bem como realizam ações de educação alimentar e nutricional com as crianças e estudantes da rede de Vitória.
Os nutricionistas também são responsáveis pela especificação de padrões de qualidade dos alimentos e das condições sanitárias das instalações, equipamentos e utensílios. Eles orientam quanto à importância e à necessidade de seguir as normas sanitárias vigentes para garantir a qualidade e a segurança alimentar em todo o processo da alimentação escolar. Mariana Zouain, nutricionista e coordenadora da Coordenação de Alimentação e Nutrição Escolar (Cane) da Seme, explicou sobre a composição do cardápio ofertado para as crianças e estudantes matriculados na rede pública de ensino da capital.
“Temos como diretriz por legislação, a utilização de alimentos variados. Portanto, o cardápio para os Cmeis prevê lanches e almoço ou jantar (a depender do turno). Caso seja período integral, o cardápio é composto por colação, almoço, lanche da tarde e jantar. Já nas Emefs, temos um cardápio com colação (fruta) todos os dias, lanche duad vezes na semana e almoço ou jantar três vezes na semana. No tempo integral temos, colação, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde. Já na Educação de Jovens e Adultos (EJA), ofertamos jantar todos os dias, considerando a necessidade do público que a compõe, que muitas vezes são trabalhadores que saem do trabalho e vão direto para a aula”, explicou Mariana.
Necessidades nutricionais garantidas
A nutricionista ressalta que na alimentação escolar do município são produzidas, em média, 90 mil refeições por dia. Isso significa que, por meio da alimentação ofertada nas unidades de ensino, são garantidas 30% das necessidades nutricionais das crianças, no caso das escolas em tempo parcial, e, nas escolas em tempo integral, esse percentual é ainda mais significativo, chegando a 70%. Além disso, Mariana reforça que de acordo com a resolução 06/2020, do FNDE, é proibida a oferta de alimentos adicionados de açúcar até os 3 anos de idade. Por isso, de acordo com a faixa etária dos grupos e o ponto de corte, somente a partir do grupo 5, nos Cmeis, ocorre a inserção do açúcar e de forma balanceada.
“O PNAE tem um papel importantíssimo, não só na oferta de alimentos, mas também na garantia de alimentos saudáveis, seguros que respeitem a cultura, os hábitos, contribuindo para o desenvolvimento biopsicossocial. A alimentação escolar é um direito e uma das prioridades da prefeitura de vitória quando falamos de políticas públicas.
Alguns dos alimentos oferecidos nas escolas são oriundos da agricultora familiar do Estado, como abobrinha, aipim, chuchu, batata doce, beterraba, cebola, cenoura, inhame, repolho híbrido, repolho roxo, iogurte e queijo. Há ainda a oferta de banana prata orgânica. Para 2023, foram incluídos alimentos como pepino, acelga, morango congelado, banana nanica e peixe (tilápia).
Vale ressaltar que o trabalho feito pela equipe da Cane é realizado em parceria com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), entidade responsável por fiscalizar a aplicação do dinheiro repassado às escolas para a compra de gêneros alimentícios. Frequentemente os conselheiros visitam as unidades escolares com o objetivo de verificar a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Merendeiras
As merendeiras são agentes fundamentais em todo o processo da alimentação escolar. O sabor, o aspecto visual e a textura dependem da forma como o alimento é preparado e interferem na aceitação dos estudantes. Por isso, em Vitória, as merendeiras são frequentemente capacitadas pela empresa terceirizada em conjunto com a equipe da Coordenação de Alimentação e Nutrição Escolar para que a alimentação das crianças e estudantes seja de qualidade.
Fonte: Prefeitura de Vitória.
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